quarta-feira, 26 de maio de 2010

Recepção aos alunos de Português do Instituto de Bachirelato «El Brocense» de Cáceres

No dia 21 de Maio de 2010 recebemos os alunos de português do Instituto de Bachirelato «El Brocense» de Cáceres na nossa escola. Um dos nossos propósitos foi mostrar a nossa terra aos alunos espanhóis. Assim, decorámos a Biblioteca Escolar com fotografias de Campo Maior e flores típicas das Festas do Povo. Em ambiente campomaiorense, fizemos um jogo de «quebra-gelo» com os provérbios portugueses e quadras típicas de Campo Maior. Seguiu-se a visita à escola, um pequeno lanche preparado pelos alunos do 12º C e D e jogos de ping-pong.

À tarde visitámos a vila, por ruelas e calçadas, até ao Museu Aberto e Museu Visconde de Olivã. O Museu Aberto testemunha as artes e ofícios desta vila alentejana, bem como as festas do povo. No Museu do Azeite tivemos oportunidade de ver a produção tradicional e fazer uma prova de azeites. Voltámos ao Jardim para as despedidas…

Gostámos muito de receber os nossos colegas e estamos com esperança de visitar Cáceres no próximo ano lectivo…

8º B, Fernando Veríssimo e Elisabete Fiel


terça-feira, 25 de maio de 2010

Recordando Fialho de Almeida…

A Partilha de Leituras foi dedicada a Fialho de Almeida, autor alentejano …um conto sobre Comadres, inveja e enganos, passado ainda à luz de candeias. Terminou com uma sessão de ilustração…

Elisabete Fiel


terça-feira, 18 de maio de 2010

«A Bilha» Projecto de Arte…

A Escola Básica Sebastião da Gama tem vindo a promover um concurso de arte em «bilhas» de barro. A nossa escola enviou vários trabalhos realizados nas aulas de Educação Visual dos docentes Jorge Palavra da Costa e Sílvia Félix. As obras podem ser vistas em Estremoz.

http://abilha-projectodearte.drealentejo.pt/


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Entrepalavras…

A equipa de alunas concorrentes ao Entrepalavras (Concurso promovido pelo Jornal Notícias) liderada pelo professor Paulo Costa voltou a fazer uma excelente exibição. A equipa fez várias leituras sobre os temas, discutiu e preparou-se muito bem. Encenaram o tema com a ajuda da professora Carla Correia e venceram esta fase. A Biblioteca Escolar agradece as excelentes colecções de livros sobre a Arte Portuguesa desde o paleolítico e os cursos de Línguas… Obrigada e parabéns pela excelente exibição! Bom trabalho para a próxima etapa!

Elisabete Fiel

terça-feira, 11 de maio de 2010

WorkShop eTwinning

O eTwinning promoveu uma Oficina de Desenvolvimento Professional sobre o Português, Língua não materna. Na oficina sobre a utilização do Ciberdúvidas, a professora Ana Martins mostrou o site e todas as potencialidades de utilização para português língua materna e não materna. Neste site é possível obter :

- Recursos
- Dificuldades de leitura e escrita.
- Repositório de conferências anteriores.
- Versão adaptada para leitura extensiva em português: orientações para leitura de português como língua não materna.
- Fundamentação científica para tópicos relevantes.
- Perguntas a especialistas em Língua Portuguesa.

Se tiver dúvidas, não hesite: http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=17874

Seguem os links:

http://www.ciberduvidas.pt/index.php
http://www.ciberduvidas.pt/respostas.php
http://www.ciberduvidas.pt/ask.php
http://www.ciberduvidas.pt/glossario.php
http://www.ciberduvidas.pt/correio.php
http://www.ciberduvidas.pt/portugues.php
http://www.ciberduvidas.pt/idioma.php
http://www.ciberduvidas.pt/controversias.php

Elisabete Fiel

quinta-feira, 6 de maio de 2010

5º Aniversário eTwinning…

No dia 5 de Maio comemorámos o 5º Aniversário do Projecto eTwinning na nossa escola. Na qualidade de Embaixadora eTwinning coube-me divulgar o projecto ao longo deste ano lectivo. Neste dia além de uma divulgação formal teve lugar uma comemoração. Como se faz uma festa de aniversário? Juntamos boa disposição, organização, bolo de aniversário, sumos, sobremesas, maçãs (porque é saudável…), colegas formidáveis, o «É qui noss(i)o» com músicos excelentes e duas vocalistas deslumbrantes, um grupo de professores que canta e encanta …além de muita diversão!

Obrigada a todos por colaborarem, por fazerem parte da festa!

Elisabete Fiel (Embaixadora eTwinning para o Alentejo)

www.etwinning.net


terça-feira, 4 de maio de 2010

Sam Savage, Firmin, 2.º ed., Lisboa, Planeta, 2009, 157 pp.

Li este livro porque me pareceu que eu própria possuía, pelo menos uma, das duas qualidades requeridas na capa: Firmin é uma obra para todos que sentem a paixão pelos livros e que não perderam a capacidade de amar. Na contracapa, encontrei uma citação de Rosa Montero, uma autora da qual sou amiga, embora nunca a tenha visto. Dizia ela que esta obra tinha sido um acontecimento na sua vida de leitora. Estas duas “dicas”, colhidas na capa e na contracapa, catapultaram-me para dentro do livro e, de facto, não dei o meu tempo por mal empregue.

Firmin é um ser delicioso e inteligente, cuja vida, de tão desgraçada, consegue ser pior que a nossa própria existência, por muito chateados que possamos estar nesse dia…

As Aventuras de um Marginal na Cidade (o subtítulo) são contadas como um relato na primeira pessoa. Tudo começa com o nascimento desta ratazana na cave de uma livraria na zona velha da cidade de Boston. A sua mãe, alcoólica e pouco extremosa, deu à luz treze ratazanas bebés. Como tinha apenas doze tetas, Firmin vê-se sempre preterido pelos irmãos mais robustos e aptos. A inexistência da décima terceira teta é um trauma de infância de marcará para sempre a personalidade desajustada do protagonista.

A pobre ratazana bebé consegue sobreviver com as escassas gotas de leite materno que os irmãos desperdiçam e desenvolve, como mecanismo de superação, um desejo incontrolável por livros. Rói e devora todas as obras que se encontra ao seu alcance, num impulso autodestrutivo de biblobulimia.

Costuma dizer-se que somos o que comemos. Ora Firmin também compartilha desta opinião. Diz-nos ele: Às vezes gosto de pensar que os primeiros momentos da minha luta por viver foram acompanhados, à laia de marcha triunfal, pela deglutição de Moby Dick. Isso explicaria a minha natureza tão aventureira. Outras vezes, quando me sinto particularmente rejeitado e ridículo, convenço-me de que o culpado é o Dom Quixote.

Não se sabe bem como, mas, a certa altura, a pequena ratazana vai passar a comer cada vez menos e a ler cada vez mais, limitando-se a mordiscar as margens de certas páginas. No entanto, o apetite pela leitura é tão insaciável como fora a vontade física de deglutir o papel impresso. Firmin torna-se, cada vez mais, um ser diferente da sua espécie, conquanto tenha de aprender e dominar os rudimentos da técnica recolectora das ratazanas. Na companhia da mãe, aventura-se pelas ruas degradantes de Scollay Square para obter alimentos.

Mesmo depois de todos os elementos da sua família terem partido, a livraria continua a ser o seu território de eleição e, pouco a pouco, conhece todos os túneis e todos os espaços exteriores. De longe, observa os seres humanos, identificando-se com eles até nas fantasias amorosas, influenciadas pelo cinema do bairro.

Esta crise identitária leva-o a pensar que pode estabelecer laços de amizade com Shine Norman, o dono da livraria. Tal ingenuidade suprema quase lhe custa a vida e corresponde a uma viragem na ordem dos acontecimentos que lhe permite conhecer a outra figura de destaque na história, Jerry Magoo, o ser humano de nos salva a reputação da espécie com a sua bondade e inteligência.

Como não posso contar mais sem incorrer no pecado capital de desmotivar outros possíveis leitores para a fruição deste texto, quero apenas dizer que aconselho vivamente a audição, em simultâneo, do grande cancioneiro de jazz americano: os temas de Cole Porter, a voz da Billie Holiday, o saxofone de Charlie Parker... Esta banda sonora permitirá recriar, na perfeição, a Boston perdida de Firmin e de Sam Savage, o autor da obra que eu, negligentemente, ainda não mencionara. Natural da Carolina do Norte, licenciado e doutorado em Filosofia, Savage foi ao longo da sua vida um diletante e insaciável leitor, de modo que, aos sessenta e cinco anos, nos presenteou com esta “história mais triste do mundo” que nos delicia pela voragem centrípeta de muitas leituras, pela delicadeza das ilustrações a carvão e pela identificação patética com o protagonista.

Alexandra Lopes

Campo Maior, 29 de Abril de 2010