quinta-feira, 26 de abril de 2007

25 de Abril – Sugestão de leitura


Na biblioteca da nossa escola há um livrinho muito giro que se lê em quinze minutos. Chama-se “O tesouro”, tem na capa um enorme cravo vermelho e foi escrito por Manuel António Pina, são apenas quinze páginas. A edição é de 1993, da Associação 25 de Abril e teve o alto patrocínio do senhor Presidente da República Portuguesa. Recomenda-se a sua leitura a todos, principalmente àqueles que não viveram o dia histórico do 25 de Abril de 1974.
O livro fala de um país que existia antes da revolução de Abril do século XX: o País das Pessoas Tristes em que as pessoas viviam fechadas como se fosse numa prisão, onde havia polícias por toda a parte para vigiar as pessoas e impedir que elas falassem entre si. Fala da vida dos meninos no País das Pessoas Tristes, da tristeza e da amargura, num país onde era proibido quase tudo, até era proibido beber Coca-Cola. Fala de um dia em que as pessoas decidiram reconquistar o tesouro que lhes era negado: a liberdade. Fala desse dia em que se gritou com emoção, viva a liberdade!, e em que se colocaram cravos vermelhos por toda a parte, até mesmo na ponta das espingardas.
Era o dia 25 de Abril que passou a chamar-se o Dia da Liberdade num país que deixou de ser o País das Pessoas Tristes e passou a chamar-se Portugal.
Corra até à Biblioteca, mesmo num intervalo das aulas e leia este tesouro. Vai ver que vale a pena e a seguir não tenha medo de ter vontade de cantar e gritar: Viva a Liberdade!, Viva a liberdade! E, por que não, viva o 25 de Abril!

Pedro Reis

20 de Abril de 2007

domingo, 15 de abril de 2007

Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

O «Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor» é comemorado no dia 23 de Abril, dia de São Jorge, por decisão da UNESCO.
A data escolhida coincide com uma velha tradição catalã, em que no dia de São Jorge ( Saint Jordi) os cavaleiros ofereciam às suas damas uma rosa vermelha e recebiam em troca um livro. Nos dias de hoje, os catalães continuam a fazer a troca de rosas por livros, assim as livrarias aproveitam o momento para fazer novos lançamentos e promover a leitura.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, nomeadamente Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
A Biblioteca da Escola Secundária de Campo Maior assinala a data com a selecção de 23 grandes obras de vários escritores. Destacámos ainda, Daniel Pennac e o sua obra «Como um Romance». Trata-se de um livro sobre os livros e o acto de ler, o prazer da leitura e os direitos inalienáveis conferidos ao leitor. Divertido, original e simultaneamente muito sério. Aqui fica a transcrição da página 139, para reflectir .
«Em matéria de leitura, nós, os leitores, temos todos os direitos (...)
O direito de não ler
O direito de saltar páginas
O direito de não acabar um livro
O direito de reler
O direito de ler não importa o quê
O direito de amar os heróis dos romances
O direito de ler não importa onde
O direito de saltar de livro em livro
O direito de ler em voz alta
O direito de não falar do que se leu»

Pennac, Daniel, Como um Romance, Edições ASA, 5ª edição, 1995, tradução: João Machado.


Elisabete Fiel

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Hans Christian Andersen

A Biblioteca da Escola Secundária de Campo Maior destaca esta semana Hans Christian Andersen aproveitando para recordar a passagem sobre o bicentenário comemorado em 2005.

Nascido na Dinamarca a 2 de Abril de 1805, em Odense, no seio de uma família pobre, dotado de uma grande capacidade criativa, além do legado dos contos deixou recortes e colagens em papel que representavam o imaginário dos seus contos. Os recortes de papel estiveram em exposição na cidade de Lisboa, a nós chegou-nos uma reprodução dos mesmos, numa edição particular de Niels Fischer, empenhado na divulgação da obra do escritor dinamarquês.

Autor de mais de uma centena de contos traduzidos em muitas línguas e adaptados ao cinema de animação, tais como: “Patinho feio”,“A sereiazinha” o “ Soldadinho de chumbo” ou o famoso “ João Pateta”. Contudo, Hans Christian Andersen recusava que os seus contos se destinassem apenas a crianças, pois considerava que: «Os contos são tanto para adultos como para crianças; porém estas compreendem apenas o acessório e como gente madura, vêem e tomam a impressão como um todo. A ingenuidade infantil é apenas uma parte».

Andersen esteve em Portugal em 1866, dedicou um livro à viagem ao nosso país que designou de: « O paraíso terreal».

Os contos são maravilhosos, traduzidos em muitas línguas, adaptados ao cinema de animação, apropriados, destinam-se a ser lidos em voz alta ou em silêncio, mas sobretudo lembrados e divulgados, pela genialidade do autor.

A Coordenadora da Biblioteca: Elisabete Fiel