segunda-feira, 26 de maio de 2008

Bom Samaritano

No âmbito do Plano Nacional de Leitura, durante as aulas da área curricular de Educação Moral Religiosa Católica, no 8º ano foi lida e explorada a Parábola do «Bom Samaritano» com a docente Carina Prim. Seguiu-se um workshop de ilustração com a Coordenadora da Biblioteca, trabalhámos vários materiais aludindo aos símbolos evidentes na parábola. As palavras de que mais se falou foram sem dúvida: solidariedade, compaixão, ajuda ao próximo.

Os resultados foram muito positivos e seguem para o projecto «Across the Bible».

Elisabete Fiel


quinta-feira, 22 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga

Por vezes há acontecimentos, meros acontecimentos, que acabam por marcar. Há uns tempos atrás, estava eu e a minha turma numa simples aula de Geografia quando recebemos um convite que nos deixou bastante extasiados. Um encontro inter cultural, em Málaga, durante uma semana. Ficamos todos muito entusiasmados. Juntámos um grupo de trinta pessoas, dois professores e partimos para aquela que muitos apelidam como “a melhor semana da vida”.

Hoje, que tudo chegou ao fim, infelizmente, que posso eu dizer? Não há muitas palavras, por muito bonitas e elaboradas que possam ser, não são suficientes para descreverem o que aquela semana foi. Só quem lá esteve pode dizer o que sentiu, o que viveu e acima de tudo que diferença fez esta viagem nas nossas vidas. Pessoalmente, nesta semana cresci. Tornei-me numa pessoa com uma maior capacidade de estar longe dos meus pais, de aprender a tolerar certas coisas que não conseguia, aprendi que a amizade e a confiança são coisas que não demoram tanto tempo a construir como inicialmente pensava. Depois de uma semana, conheci pessoas novas das quais posso afirmar que tenho saudades e que ficaram grandes amigos. Aquela azáfama, aquelas actividades, aqueles monitores, toda aquela semana foi quase como um viver de novas experiências. Não foram só pessoas novas que se conheceram; foram também culturas diferentes, uma língua que apesar se ser nossa conhecida arrancou muitos neologismos e consequentemente muitas gargalhadas. Mas gargalhadas e animação foi algo que nunca faltou.

Infelizmente o tempo passou… os laços de amizade foram-se tornando cada vez mais fortes e o dia de despedida chegou. A festa final foi muito emotiva. Houve lágrimas, houve palavras de despedida e tudo o que se criou se traduz numa noite onde não havia termos que chegassem. Aquelas lágrimas não foram de tristeza, mas sim de alegria por tudo o que vivemos numa simples semana. Quando partimos sabíamos que íamos ter tempos animados mas nunca pensamos que iria ser aquilo que acabou por se transformar. As saudades de casa não se faziam notar.

Em poucas palavras que se pode dizer de Mollina e de tudo o que se viveu? Primeiro há que respeitar o lema que tanto nos uniu “lo que se pasa en Mollina, en Mollina se queda” e depois apenas digo que cresci, que fiquei uma pessoa mais tolerante, criei grandes amizades e conheci pessoas novas. Tal como muitos dos meus colegas, posso dizer, sem qualquer tabu, que vivi a melhor semana da minha vida!

Sara

terça-feira, 20 de maio de 2008

Chá de Azeite…


«He always carried with (him) a canister with tea as no tea could be got in Spain (…) and when he asked the woman if she could make tea she askead what it was and he in bad Spanish «unas ervas» and she thinking it was watercress said yes. (…) but when the tea was brought it was fried in olive oil as Spaniaeds and Portugueses cook vegetables and especially watercress.»

William Romão Reynolds, Memories

O título surpreende qualquer leitor, mesmo os mais experientes. Num título mais discreto dá-nos a conhecer o percurso empresarial da Casa Reynolds no Alentejo e Extremadura entre os anos de 1830 e 1890. Trata-se de um documento de cariz histórico-social e económico, mas que daria um excelente mote para um romance histórico com muitas aventuras e personagens de quem gostamos desde inicio.

Em linguagem simples, José Maria Painha, explica o trajecto de um homem aventureiro e extremamente empreendedor: Thomas Reynolds Jnr. A obra caracteriza a indústria corticeira num espaço geográfico preciso: o Alentejo e a Extremadura espanhola. O espírito dos negócios e todas as suas limitações transportam-nos a uma época sem as tecnologias e transportes de hoje, mas a uma estratégia no sentido da distribuição e da criação de riqueza. Quanto ao chá de Azeite…foi apenas o desconhecimento de uma empregada face às «ervas» do chá e lhe juntou azeite, pensando que se tratava de «folhas de agrião» …

Elisabete Fiel

terça-feira, 13 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 6 e 7 - As despedidas!

Hoje foi um dia muito emocionante. De manhã, tomámos o pequeno-almoço, como de costume e depois saímos até Torcal – Antequera, com o objectivo de ficarmos a conhecer algumas paisagens protegidas contendo nelas, várias rochas de interesse geológico. O Torcal constituí um modelado cársico de beleza impar. Foi bastante interessante, mas um pouco cansativo. Havia ainda outro ponto a nosso desfavor: a temperatura. Estavam 6ºC e corremos o risco de não fazermos o passeio devido à nebulosidade pois poderíamos perder-nos. Felizmente correu tudo como previsto e foi uma visita muito interessante.

Quando chegámos a CEULAJ, alguns alunos foram visitar a cidade de Mollina, pois tínhamos uma hora livre. Depois do almoço, fomos divididos por grupos, a preencher uma ficha sobre as condições do encontro, e uma actividade relacionada com o grau de satisfação em relação a CEULAJ.

Depois estivemos a preparar a festa de despedida, enfeitando a sala de festas. As “lonjas” do dia correram normalmente e depois de jantar começou a festa.

Aqui muita gente se emocionou, pois embora estivéssemos muito felizes, houve uma actividade que nos fez recordar o bom da viagem, pois cada um teria de dizer, se o entendesse, como foi este encontro. Depois a festa continuou até tarde sempre com a música e muita diversão à mistura.

Magda

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Estamos à espera de mais relatos dos alunos participantes! Entretanto, publicamos a fotos do última dia...



sábado, 10 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 6

Aquesta nit és l'última per a nosaltres i ja en el menjador a l'hora per a sopar s'han començat a veure les primeres llàgrimes. Aquesta sembla que va a ser una d'aquestes nits molt llargues, on es gaudeix molt i alhora es respirés un aire de tristesa ja que els quals el primer dia érem uns autèntics desconeguts ara som grans amics.

Albert abad palma de Mallorca(ies ses estacions)

Tradução:

Esta noche es la última para nosotros y ya en el comedor a la hora de cenar se han empezado a ver las primeras lágrimas.

Esta parece que va a ser una de esas noches muy largas, donde se disfruta mucho y a la vez se respirara un aire de tristeza ya que los que el primer día éramos unos auténticos desconocidos ahora somos grandes amigos.


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Estamos à espera dos relatos da manhã... entretanto ficam as fotos... ;-)


sexta-feira, 9 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 5

Hoje foi um dia espectacular…

O destino foi Málaga. Estávamos um pouco receosos, pois o tempo não era dos melhores, mesmo assim muitos de nós, Portugueses, fomos para a água a chover. Depois de termos almoçado “fomos de compras”… voltámos para Mollina, onde nos reunimos para ouvir os nossos colegas a representar um resumo do dia anterior (LONJA).

A noite começou com a visualização das fotos tiradas em Sevilha e, posteriormente, assistimos a um documentário para nos incentivar a ser mais solidários. Depois de termos chegado a um acordo sobre o mesmo, fomos para os nossos quartos descansar ou, pelo menos, mostrar que íamos descansar

Elody Bértolo

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O dia começou cedo, como todos os outros! O sol estava escondido atrás das nuvens que iam tornando o dia cinzento. Depois do pequeno-almoço embarcámos em autocarros para irmos visitar Málaga. Em Málaga visitámos o jardim botânico da cidade que pertenceu a um nobre casal que viajava e enviava espécies variadas para o seu jardim. O jardim tinha cerca de setenta hectares, todo ele repleto do mais variado tipo de plantas. O Jardim transmitia calma e paz a qualquer visitante – os sons da água, aves e outros animais encantavam qualquer um.

Depois do jardim botânico passámos por Málaga, ficando assim a conhecer os principais pontos atractivos da cidade. De seguida a praia… Apesar do tempo não ajudar, alguns aventureiros arriscaram a banhar-se nas águas do mediterrâneo (Fábio: a água estava fria =S).

Depois da praia seguiu-se o tempo livre. Alguns aproveitaram para passear e outros aproveitaram para fazer as suas compras… (Maria: não fiz muitas!)

O ponto de encontro foi em uma zona turística muito conhecida de Málaga e voltamos novamente para o “CEULAJ”. O dia ainda não acabou e ainda nos espera a noite de cinema!

ESTAMOS A DIVERTIR-NOS IMENSO!!

Beijo especial para a Nanda do Fábio, para a Babel e Marta de todas as raparigas!!!

Fábio Cirilo e Maria Martins


quinta-feira, 8 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 4

“Mollina tiene un color especial”.

Depois de Sevilla ter brilhado, mais um dia passou.

Os primeiros raios de Sol penetraram a janela e, apesar do cansaço já ser visível, o “quadrado” esperava os jovens para dar início a mais um dia de actividade.

Monitores fantásticos coordenaram os grupos e fizeram da animação a palavra de ordem.

Apesar da informalidade, e depois de tanta gargalhada, estes jovens assistiram a uma espécie de aula onde o conhecimento, a partilha, a entrega e a descoberta foram os verdadeiros professores. Matéria concluída, livro de ponto preenchido e teste marcado.

Os monitores fazem a avaliação e como nota final atribuem a todos a oportunidade de debater sobre temas tais como, as diferenças na sociedade.

A brincar e a rir, reflectiu-se sobre assuntos onde a fronteira não impediu a união de pensamentos.

De tarde, também houve lugar para o tão merecido descanso e, em seguida, as tarefas prosseguiram cheias de cor e brilho.

O resumo do que se passou na quarta-feira foi feito, seguindo-se momentos onde a boa disposição reinou e onde se leram declarações repletas de carinho e amizade.

O jantar antecipou a competição entre os “chicos” e as “chicas” num jogo em que a “rivalidade” e a diversão se juntaram e originaram um fim de dia “com muito furor”.

A não esquecer!

Sara

Encontros Interculturais - Málaga - dia 3

E no terceiro dia… de excursão a Sevilha!

Depois de vermos a catedral (que bonita!), recebemos um mapa e identificámos vários pontos, mas não sabíamos onde estávamos.

Perdidos na multidão não víamos nenhum horizonte, apenas e só um sentido, caminhar, com o objectivo de avistar os pontos simbólicos da cidade, Sevilha.

Divertidos e em equipa resolvemos todos os objectivos propostos e assim conhecemos os pontos mais importantes da cidade. Houve ainda tempo para fazer compras! ;-)

Depois de longas caminhadas, ao regressar ao Ceulaj, fizemos pequenos workshops, ou melhor talleres, de dança, criatividade, massagens, desportos e capoeira!

Que belo dia!

Débora, Fernando e Mário

terça-feira, 6 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 2

Depois de uma noite animada, com muito poucas horas dormidas e algumas coisas menos boas, passámos mais um dia fascinante!

Tanta coisa se fez que é difícil descrever: jogos de apresentação e conhecimento do outro, jogos de grupo, torneios, gincanas, jogos populares, gritos de guerra, plantação de árvores…

Resultados? Os alunos estão mais unidos, fizeram amizades e já há novos grupos, formados por elementos de outras proveniências. Muitas das actividades são, obrigatoriamente, em cooperação com os estudantes de outras escolas.

O momento alto do dia foi, sem dúvida, a festa intercultural. Mostrámos a nossa cultura e a prestação de Campo Maior foi… EXCELENTE!

Amanhã há mais!

Gostam das fotos? Temos muitas mas não há tempo para mais, nem para selecções…


segunda-feira, 5 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga - dia 1

Aproveitamos este espaço, que queremos que seja, também, um espaço de partilha do que se faz na nossa escola, para vos dar conta da viagem de um grupo de alunos a Málaga para participar, durante uma semana, na XVI edição dos Encontros Interculturais.

Hoje dia 05, foi o primeiro dia. Correu tudo como previsto e os alunos estão muito animados e motivados! É a primeira vez que muitos deles passam um dia fora de casa e... vai ser uma semana.

Por outro lado, um dos objectivos do encontro é, precisamente, que conheçam outras pessoas e, por isso, os jogos e a actividade dos monitores visam a descoberta do outro, ou seja dos outros 60 jovens de diferente proveniência. Foi um dia animado, cheio e muito gratificante!

Até amanhã!

A Filha do Capitão

José Rodrigues dos Santos, autor do livro “A Filha do Capitão”, premeia os seus leitores com um livro cujos conteúdos estão contextualizados numa época pouco estudada em Portugal, mais concretamente a economia e a sociedade da época e o quotidiano dos soldados portugueses durante a sua participação na Primeira Guerra Mundial.


O autor descreve as condições de vida no Portugal rural da época, das dificuldades da uma grande parte da população e também da situação de uma “meia dúzia” de privilegiados. O amor não era visto como algo natural, mas sim como algo que se enquadra num mundo de conveniências, denotado pelo esforço de uma mãe, empenhada em dificultar o relacionamento da filha com o seu amado, criando obstáculos como o patrocínio da jovem no Seminário e no Exército, como forma de ganhar tempo para afastar da melhor forma possível os jovens apaixonados.


Ao nível político encontramos uma República em nascimento, algo frágil e pouco credível, que vê na participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial uma forma de se afirmar perante as outras potências europeias. Observa-se um Exército mal treinado e mal organizado, cujas chefias surgiram de forma também muito irregular em função dos ventos de mudança e das tempestades políticas nacionais.


O autor faz descrições pormenorizadas do dia-a-dia dos soldados portugueses, dos seus sonhos, da sua viagem a França e do local do conflito. As condições de vida nas trincheiras, as condições climatéricas, a lama, a fome e a dureza do conflito são momentos pormenorizadamente descritos pelo autor, descrições que se recomendam como leitura obrigatória para os alunos do nono ano.


Fazem-se também descrições de Paris, antes da Primeira Guerra Mundial e da mudança causada no modo de vida dos franceses em geral. Descreve-se a situação de uma estudante universitária francesa que se vê separada dos seus familiares devido à invasão do Exército da Alemanha que dividiu as famílias francesas ao ocupar parte do território francês; assiste-se à viuvez da jovem causada pela guerra; também ao seu casamento apressado pelas conveniências da situação com um homem mais velho, amigo da sua família; até a um caso de amor com um militar português, que é o herói da nossa história.

Vicente Costa ( Professor de História )