sábado, 21 de março de 2015

No emparceirar é que está o ganho

Fevereiro foi um mês de boas parcerias para a nossa Biblioteca. De 9 a 12 de fevereiro realizou-se, na biblioteca escolar, a tradicional Feira dos Minerais e fósseis, organizada pelo grupo de Biologia e Geologia. Em simultâneo, decorreu, pela primeira vez, uma pequena feira de artesanato do grupo de Educação Especial.
Mas não ficámos por aí. Ainda contámos com a colaboração dos alunos do 3º ciclo, nomeadamente com as turmas do 7º C, 7º D, 7º E, 9ºA, 9º B e 9º C, alunos de Educação Visual da professora Helena Salgueiro, que elaboraram postais alusivos ao São Valentim com a técnica da Arte Pop e nos permitiram montar uma exposição alusiva ao São Valentim.

Com estas feiras e com a exposição criámos um ambiente bonito e trouxemos muita gente ao espaço da biblioteca criando condições para a promoção da leitura. É caso para dizer que no emparceirar é que está o ganho.
Maria José Amaral

O cadáver esquisito do amor - 14/2/2015

A biblioteca da escola diviniza o amor e não deixou passar a data de São Valentim sem dar um ar da sua graça. Enfeitada a preceito com corações e outras preciosidades festivas, o espaço da BECRE convidava a uma visita.
Ora, para assinalar o evento, os alunos da turma A do 12.º ano, aceitaram o repto de compor, em grupos de seis a sete elementos, textos segundo técnica do cadáver esquisito que falassem de amor. Como se podia suspeitar a partir do título deste texto, não se matou o amor. Foi tudo muito pacífico e muito divertido.
O método "cadavre exquis" (cadáver esquisito) foi inventado, no princípio do século XX, pelos surrealistas franceses, para subverter o discurso literário convencional. Usando uma folha de papel, cada autor escreve o que deseja, deixando visível apenas uma pequena parte das linhas preenchidas e dobrando o papel, para que os demais colaboradores não tenham conhecimento do que foi escrito antes. No nosso caso, o resultado final foi um conjunto de textos estranhos, muito engraçados e com uma pitada de malícia à mistura. Gargalhada geral e algum rubor.
Em paralelo, sobre as mesas estavam variadíssimas obras alusivas ao sentimento causado por Cupido: cartas de Fernando Pessoa a Ofélia Queirós, cartas de António Lobo Antunes, poesia camoniana, Alexandre O’Neil, Eugénio, Adília Lopes, Maria Teresa Horta, poesia medieval, Bocage… Poemas delicados e outros textos mais veniais… Folheados em privado ou lidos à boca cheia, valeu tudo para honrar o mais nobre sentimento humano.
Maria José Amaral

quinta-feira, 19 de março de 2015

Sobre um atril, leituras mil - 28/1/2015

As turmas dos cursos profissionais de turismo (carinhosamente denominadas por pelo acrónimo TAR e TUR) vieram à biblioteca para concluir o Módulo dois da disciplina de Português. A prova de avaliação da oralidade consistia na leitura expressiva de um poema, precedida de uma exposição sumária sobre a biografia do autor e uma justificação pessoal da escolha do texto poético.

À espera dos alunos estava um atril solenemente coberto com um pano vermelho. Para quem não sabe o que é um atril passamos a explicar. Um atril ou leitoril é uma pequena estante, disposta em plano inclinado onde se coloca um livro aberto, para se poder ler de pé. Se for de grandes dimensões, designa-se por facistol, caso em que tem quatro lados que giram sobre um pé elevado.

Nas igrejas cristãs costuma ser usado para a leitura da bíblia. O uso de atris junto ao altar começou no final do século XIV, pois antes desta data o missal era colocado sobre uma pequena almofada, mais ou menos adornada.

No mundo da música, o atril também é conhecido por estante musical e consiste no suporte onde os maestros e os intérpretes (instrumentistas ou cantores) assentam as partituras.

Ora como íamos dizendo, os alunos abeiraram-se do atril e realizaram leituras de poetas muito diversos: Pessoa, António Pina, Cesariny, José Régio, Sophia, Jorge de Sena, Vinicius, Florbela… Houve até escolhas pouco ortodoxas como letras de Carlos Tê, Sérgio Godinho ou Ornatos Violeta. 

No fim, todos ficaram satisfeitos com a beleza e a qualidade das suas prestações e das prestações dos amigos. A professora estava muito orgulhosa e fez questão de dizer aos alunos que tinham estado muito bem. Parece que sobre um atril, a leitura fica mais gentil.
Maria José Amaral

Sessão com o escritor Pedro Seromenho

No dia 4 de dezembro, os alunos do pré-escolar e 1º ciclo tiveram o privilégio de receber no nosso agrupamento o escritor e ilustrador Pedro Seromenho.
Foram realizadas 3 sessões, duas da parte da manhã e uma terceira na parte da tarde. Em cada uma, o escritor apresentou o seu último livro “As gravatas do meu pai” e leu aos alunos do 1º ciclo a “Fuga da ervilha”, conto que agradou especialmente aos estudantes do terceiro ano de escolaridade, pois estão a aprender o aparelho digestivo. 
Aos alunos do pré-escolar, o escritor leu o livro “Porque é que os animais não conduzem” e, seguidamente, dramatizou a história “do palhaço avaria” e cantou várias canções. Como primícia, deu a conhecer a história de “uma cidade que queria ser aldeia”, um texto do seu próximo livro.
Durante cada sessão, Pedro Seromenho foi realizando um quadro segundo as indicações que lhe davam os alunos da plateia e, no fim, autografou livros e desenhos a pedido dos pequenos leitores.
Foi uma visita que os nossos alunos não vão esquecer, já que gostaram muito desta atividade, assim como ficará registada na memória dos professores e dos funcionários que os acompanhavam.

Maria José Amaral