terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Uma Sonata de Amor


Nascida em Inglaterra em 1970, Santa Montefiore cresceu numa quinta em Hampshire e estudou em Sherborne School for Girls. Estudou também espanhol e italiano na Universidade de Exeter.  Após um ano a ensinar Inglês numa estância na Argentina, passou a maior parte dos anos noventa em Buenos Aires. Viveu em Londres com o seu marido, o historiador Simon Sebag Montefiore, e as suas filhas, Lily e Sasha. Escreveu os livros Uma Sonata de Amor, A Caixa da Borboleta, A Virgem Cigana, A Árvore dos Segredos, entre outros.

Uma Sonata de Amor é um livro muito cativante, de leitura compulsiva que apresenta a realidade, que demonstra que as histórias de amor nem sempre terminam com “foram felizes para sempre…” e que os sentimentos podem magoar as pessoas.

Este livro retrata a história de Audrey, que ao contrário da sua irmã Isla, que era muito confiante e gostava de chamar as atenções, era tímida com as pessoas e vivia no seu mundo dos sonhos, à parte de todos os que a rodeavam. A relação entre as duas irmãs cativou-me, pois apesar de serem muito diferentes e de Isla ser muito mais extrovertida e exibicionista, era compreensiva e gostava da irmã como só os irmãos entendem. Audrey, apesar de não confiar muito na irmã, não foi capaz de a enganar durante muito tempo, dizendo que estava apaixonada por Cecil, quando na verdade o seu coração pertencia a Louis. Este conseguiu “conquistar” o coração de Audrey por meio da sua personalidade, que todas as pessoas consideravam estranha e inadequada para um cavalheiro se comportar. A sua forma de exprimir os sentimentos era através da música, do piano, quando as notas que tocava se transformavam em palavras que Audrey gostava de ouvir. Juntos, compuseram uma sonata, como no nome original do livro, “The Forget-Me-Not Sonata", que ambos lembrariam até ao fim das suas vidas.

Nessa altura, os pais de Audrey esperavam que esta se casasse com Cecil, visto que tinha estado na guerra, ao contrário de Louis, e era considerado o sensato e responsável entre os dois irmãos.

O único apoio de que Audrey dispunha era o de Isla, e, quando esta adoeceu e morreu prematuramente, com apenas 16 anos, Audrey sentiu-se desamparada, não tendo em quem confiar, à excepção de Louis, que também sentiu muito a falta de Isla. Mas, no entanto, Louis demonstrou falta de compreensão em relação a Audrey, visto que após o funeral de Isla, começou a pressionar Audrey sobre o seu futuro juntos. Abandonou Audrey no momento em que ela mais precisava.

Passado dois anos do desaparecimento de Louis, e apesar de continuar a amá-lo, aceitou casar com Cecil, visto estar convencida de que Louis não regressaria.

A paixão de Audrey e Louis não devia ter sido abandonada, pois apesar de ela se ter casado e ter tido filhos, e ele ter estado com outras mulheres, nada substituiria o que eles sentiam um pelo outro, nem o que eles tinham sonhado viver juntos.

Audrey aceitou casar com Cecil pelo seu futuro, pela segurança que ele lhe transmitia e também pela vontade dos seus pais, não porque o amava de verdade.

Após 16 anos separados, Audrey descobriu que o seu coração sempre tinha pertencido a Louis e que nunca ninguém o iria substituir. Mas já era tarde de mais.

Cecil era um homem muito bondoso, persistente e que amava realmente Audrey. Como se vem a descobrir no final do livro e após a sua morte, Cecil sempre soube do romance entre o seu irmão e a sua mulher, e apesar disso nunca desistiu de conquistar o coração de Audrey, e aceitou Grace como se fosse sua filha, tratando-a sempre com carinho.

 Raquel Guarita, 9ºA

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