quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Sherlock Holmes e o seu criador…

ACTIVIDADE

«Elementar, meu caro Watson!» Esta expressão ficou célebre após a descoberta do móbil do crime por Sherlock Holmes. Recordamos o seu autor: Sir Arthur Conan Doyle, menos famoso que a sua criação, passados 150 do seu nascimento. Nascido em Edimburgo, numa família numerosa e uma infância atribulada, estudou medicina por insistência de um dos inquilinos do prédio da sua mãe, que viria a inspirar a personagem «Watson» companheiro de Sherlock Holmes. A personagem do detective revela um homem de inteligêngia invulgar, dado a crises de melancolia – aliviada pelo consumo de ópio -, empenhado em combater o crime.

Trata-se de um autor da época vitoriana, contemporâneo de Oscar Wilde a quem o editor da revista Lippincott´s, convidou para escrever histórias com ingredientes de sucesso: mistério, loucura, crime, suspense, traições e acções depravadas numa sociedade respeitável e muito fechada do século XIX. Destacamos «O cão dos Baskervilles».

Nenhum policial seria bom se não houvesse por trás uma interessante história de amor. De preferência, proibido, para que o crime tenha mais impacto, com muitos suspeitos, para que a investigação apresente inúmeros factos, pormenores ou conjecturas. Eis a receita para que a atenção do leitor se mantenha até à última página.

O crime é complexo: Sir Charles Baskerville foi encontrado morto na charneca da sua propriedade no Devonshire. O herdeiro, Henry Baskerville, chega a Londres, vindo do estrangeiro, para receber a herança. Mas recebe uma ameaça: “Se der valor à sua vida ou à sua sanidade mental deverá afastar-se da charneca.” Watson vai para o Devonshire com Mortimer e Henry Baskerville. E descobre: que o vizinho Dr. Stapleton conhece como ninguém o pântano que existe nas imediações da charneca, a irmã de Stapleton é uma rapariga encantadora e logo se enamora de Henry Baskerville, sendo, por isso, suspeita; que o mordomo é suspeito porque lhe mente; que a mulher do mordomo é suspeita porque chora de noite e ninguém sabe porquê; que há uma outra mulher, Laura, que pode também ser suspeita porque, afinal, até tinha um caso com Sir Charles.

O enredo policial, tem em paralelo um enredo amoroso. O diário de Watson é revelador: este diz a Holmes que só lhe dá factos e que dispensa as conjecturas. Holmes vem ao Devonshire e soluciona o crime. Haverá mesmo um cão dos Baskervilles? Alguém se aproveitou da lenda para matar Sir Charles? Ou foi mesmo um cão? Ou outro animal, transformado pelas lamas do atoleiro? Afinal, os crimes têm pouco de elementar.

Uma boa leitura!

Biblioteca Escolar

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