terça-feira, 20 de maio de 2008

Chá de Azeite…


«He always carried with (him) a canister with tea as no tea could be got in Spain (…) and when he asked the woman if she could make tea she askead what it was and he in bad Spanish «unas ervas» and she thinking it was watercress said yes. (…) but when the tea was brought it was fried in olive oil as Spaniaeds and Portugueses cook vegetables and especially watercress.»

William Romão Reynolds, Memories

O título surpreende qualquer leitor, mesmo os mais experientes. Num título mais discreto dá-nos a conhecer o percurso empresarial da Casa Reynolds no Alentejo e Extremadura entre os anos de 1830 e 1890. Trata-se de um documento de cariz histórico-social e económico, mas que daria um excelente mote para um romance histórico com muitas aventuras e personagens de quem gostamos desde inicio.

Em linguagem simples, José Maria Painha, explica o trajecto de um homem aventureiro e extremamente empreendedor: Thomas Reynolds Jnr. A obra caracteriza a indústria corticeira num espaço geográfico preciso: o Alentejo e a Extremadura espanhola. O espírito dos negócios e todas as suas limitações transportam-nos a uma época sem as tecnologias e transportes de hoje, mas a uma estratégia no sentido da distribuição e da criação de riqueza. Quanto ao chá de Azeite…foi apenas o desconhecimento de uma empregada face às «ervas» do chá e lhe juntou azeite, pensando que se tratava de «folhas de agrião» …

Elisabete Fiel

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