quarta-feira, 6 de outubro de 2010

RUA CINZENTA

Manhã,
Manhã de manhã,
Tarde,
Tarde de tarde,
Dói até que arde,
Cor amarela
Passear com a trela,
Cor branca
Branca se morre,
Branca se vive
Sou livre!

Quero mais viver
Viver o azul
Azul dos céus,
O bule
Para o chá,
Vou já
Vou andando
Andando em cinzento,
Local barulhento,
Onde fui por momentos,
A locais que nunca explorarão
E tudo,
Todo este local,
Por uma fatia de pão.
Não cá mais volto
Estou farto,
Tudo corto
Vou-me embora
Cores depois
Amarelo pois
Não vou votar
Não quero voltar
Ao cinzento,
Volto pois,
A todas as cores
Sejam elas estranhas
Pessoas iguais
Pessoas diferentes
Brancos os dentes,
Locais modernos ,
Alguns especiais.

Estão a dizer o meu nome
Nome livre,
Cá na terra,
Assim se vive.

Cores todas,
Amarelo e vermelho
Passa um coelho,
Verde vivo,
Não digo mais,
Não digo.

Cor verde
E verde morre
E assim acaba
Cor branca
Puxa a alavanca
Tudo se acaba
Tudo se começa
Larga a travessa
Estou com pressa
Vou depressa
Não perco o dia,
Assim se vive,
Sou um cidadão livre!

Xavier Golaio Gonçalves

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