quinta-feira, 22 de maio de 2008

Encontros Interculturais - Málaga

Por vezes há acontecimentos, meros acontecimentos, que acabam por marcar. Há uns tempos atrás, estava eu e a minha turma numa simples aula de Geografia quando recebemos um convite que nos deixou bastante extasiados. Um encontro inter cultural, em Málaga, durante uma semana. Ficamos todos muito entusiasmados. Juntámos um grupo de trinta pessoas, dois professores e partimos para aquela que muitos apelidam como “a melhor semana da vida”.

Hoje, que tudo chegou ao fim, infelizmente, que posso eu dizer? Não há muitas palavras, por muito bonitas e elaboradas que possam ser, não são suficientes para descreverem o que aquela semana foi. Só quem lá esteve pode dizer o que sentiu, o que viveu e acima de tudo que diferença fez esta viagem nas nossas vidas. Pessoalmente, nesta semana cresci. Tornei-me numa pessoa com uma maior capacidade de estar longe dos meus pais, de aprender a tolerar certas coisas que não conseguia, aprendi que a amizade e a confiança são coisas que não demoram tanto tempo a construir como inicialmente pensava. Depois de uma semana, conheci pessoas novas das quais posso afirmar que tenho saudades e que ficaram grandes amigos. Aquela azáfama, aquelas actividades, aqueles monitores, toda aquela semana foi quase como um viver de novas experiências. Não foram só pessoas novas que se conheceram; foram também culturas diferentes, uma língua que apesar se ser nossa conhecida arrancou muitos neologismos e consequentemente muitas gargalhadas. Mas gargalhadas e animação foi algo que nunca faltou.

Infelizmente o tempo passou… os laços de amizade foram-se tornando cada vez mais fortes e o dia de despedida chegou. A festa final foi muito emotiva. Houve lágrimas, houve palavras de despedida e tudo o que se criou se traduz numa noite onde não havia termos que chegassem. Aquelas lágrimas não foram de tristeza, mas sim de alegria por tudo o que vivemos numa simples semana. Quando partimos sabíamos que íamos ter tempos animados mas nunca pensamos que iria ser aquilo que acabou por se transformar. As saudades de casa não se faziam notar.

Em poucas palavras que se pode dizer de Mollina e de tudo o que se viveu? Primeiro há que respeitar o lema que tanto nos uniu “lo que se pasa en Mollina, en Mollina se queda” e depois apenas digo que cresci, que fiquei uma pessoa mais tolerante, criei grandes amizades e conheci pessoas novas. Tal como muitos dos meus colegas, posso dizer, sem qualquer tabu, que vivi a melhor semana da minha vida!

Sara

2 comentários:

Elisabete Fiel disse...

Cara Sara, tal diz Saint-Exupery:
«Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.

Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós»

Saint- Exupéry in «O principezinho».

joel disse...

Este texto está muito bem escrito, tudo o ue lá está é verdade, mas não chega para explicar tudo o que vivemos naquela semana...
Tudo o que aprendemos e também o que ensinámos.
Aquelas actividades que pareciam infantis mas que no final nos ensinaram imensas coisas, aqueles monitores que pareciam uma crianças mas que eram muito adultos e que nos ajudaram sempre que precisamos e que nos compreendiam muito mesmo, melhor que alguns amigos nossos.
A confiança e a amizade que criamos com alguns colegas nossos que certamente nunca vamos esquecer...
Eu, como a Sara, não tenho medo de dizer que foi a melhor semana da minha vida!!
E espero que num esforço conjunto com a nossa escola, e quem sabe também com a prof. Elisabete possamos reencontrarnos com aqueles amigos que nos maracaram tanto. Fica aqui a sugestão.